quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aborto — Assassinato a Sangue Frio

Quando exatamente começa a vida? Bem, até agora ninguém tem uma resposta certa. Alguns acreditam que ela inicia-se a partir do momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo; outro que só se está vivo após a formação do cérebro (aproximadamente na 5ª semana de gestação); e ainda há aqueles que aceitam que existe viva apenas após o nascimento — ao sair do ventre materno. Essa questão é um dos motivos que tornam o aborto (a interrupção da gravidez antes da 28ª semana) um tema tão polêmico. Afinal, se o bebê está vivo abortá-lo é assassinato.
Atualmente no Brasil abortar é considerado crime exceto em conseqüência a um estupro ou quando há risco de vida materno. No entanto, há a proposta de um anteprojeto de Lei que incluiria às exceções a constatação de anomalias fetais.
Na Austrália, onde o abortamento é legalizado desde a década de 1970, cerca de cem mil crianças são impedidas de nascer anualmente, o que ocasiona um envelhecimento populacional. Sem o nascimento de novas crianças, o país passa a ter uma população em maior parte idosa, gerando um problema também econômico: sem a renovação da população apta ao trabalho, não há como o país lucrar e pagar as aposentadorias da maioria da população, os idosos, sem importar trabalhadores.
Em 1985, foram executados na Austrália aproximadamente 66.000 abortos. Esse número saltou para 71.000 em 1987; 83.000 em 1991; e 92.000 em 1995. Em 2005, o Ministério da Saúde australiano registrou cerca de 100.000 interrupções à gravidez executadas legalmente. O que comprova que legalizar o abortamento não diminui sua incidência.
Salvo as exceções, o que leva os pais a matarem seus próprios filhos?
Ter um bebê é uma grande responsabilidade, por isso deve ser um ato bem planejado: a família tem de estar bem estruturada e preparada para receber essa criança. Porém, em certos casos, quando não há esse preparo, os pais têm de encarar sérias conseqüências, por serem muito jovens, não serem casados, ou por não estarem prontos mesmo. Contudo, nem todos têm a coagem de enfrentar o desafio da paternidade, ainda que esta seja indesejada, e acabam escolhendo pro tornarem-se assassinos — covardes e irresponsáveis.
Se os pais não querem assumir o recém-nascido, não é motivo para matá-lo. Ele pode ser levado à adoção e assim fazer parte de uma família que o ame e queira.
Por mais que seja necessário, abortar continua sendo um grave delito — um assassinato a sangue frio sem chance de sobrevida. Legalizá-lo seria apoiar a irresponsabilidade, além de um crime cruel contra toda criança que ainda não nasceu.


Fontes: http://www.mja.com.au/public/issues/182_09_020505/cha10829_fm.html

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